quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

FAO descarta hipótese de transmissão de gripe aviária A (H7N9) de humanos para animais


A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) informou nesta quarta-feira (19) que não há evidências de que os pacientes humanos infetados com o vírus da gripe aviária A (H7N9), um vírus de baixa patogenicidade nas aves de curral, possam transmitir o vírus a animais, incluindo as aves.
A FAO refere-se ao primeiro caso humano de gripe aviária A (H7N9) fora da China, recentemente detecado na Malásia.
A paciente, oriunda da província de Guangdong, na China, onde se acredita que contraiu a infeção, visitou a Malásia como turista e se chinesa de Taiwan e em Hong Kong. “É provável que surjam novamente casos em um futuro não muito distante. Mas até agora, o vírus não foi encontrado em populações de aves fora das áreas afetadas da China.”
As aves que tenham encontra internada neste país. Guangdong é uma das províncias chinesas mais afetadas pelo vírus H7N9 em 2014.
“Este caso não tem nada de surpreendente e não deve gerar pânico, mas deve lembrar ao mundo que não devemos baixar a guarda. Os seres humanos que contraem a gripe A (H7N9) não representam uma ameaça para as aves de curral”, afirmou o responsável pelo Serviço Veterinário da FAO, Juan Lubroth.
Acrescentou também que “na verdade, não temos nenhuma evidência de que as pessoas infetadas possam transmitir o vírus a outras espécies, incluindo às aves. O maior risco de transmissão é o comércio não controlado de aves vivas entre áreas afetadas e não afetadas”.
O contágio pode se dar em pessoas após um contato próximo com aves de curral infetadas, principalmente em mercados onde essas aves são vendidas vivas ou quando são abatidas em casa.
As avaliações de risco realizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que se as pessoas infetadas de áreas afetadas viajarem de um país para outro, a propagação a nível comunitário é também improvável, uma vez que o vírus não é facilmente transmitido entre humanos
Lubroth afirmou que estes casos humanos “importados”, como aconteceu na Malásia na semana passada, já ocorreram no passado, em áreas não afetadas da China, como em Guizhou, na província contraído a gripe A (H7N9) não apresentam sinais clínicos, o que torna mais difícil a deteção precoce do vírus nas populações de aves. A FAO apela aos países para que adaptem seus programas de controle e passem a incluir este novo vírus.
Uma das principais recomendações é concentrar o controle nos pontos críticos de introdução, ou seja, onde há comércio direto ou indireto de aves vivas com áreas infestadas.
Para reduzir a exposição humana a agentes zoonóticos em geral, devem ser introduzidas ou reforçadas medidas de biossegurança nos mercados de aves vivas, incluindo a limpeza e desinfeção frequentes, o estabelecimento de dias de folga sem a presença de aves de curral e a aplicação de normas adequadas de higiene e segurança.
Com o forte apoio da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID), a FAO tem ajudado vários países-membros a se preparar para uma possível introdução do vírus A (H7N9) nas suas populações de aves.
A FAO está concentrando seus esforços em países de alto risco, disponibilizando avaliações de risco, planos de contingência, reforço da capacidade de diagnóstico e monitoramento com base no risco.

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