A equinococose canina é uma doença causada por um parasita intestinal, o Echinococcus granulosus, um céstode, que tem o cão como hospedeiro definitivo.
É vulgarmente conhecida por “doença do pêlo do cão”, uma vez que este, quando parasitado, ao lamber-se, pode espalhar na sua pelagem ovos, que podem ser ingeridos, caso não haja uma adequada higiene das mãos e respeito pelas regras básicas de biosegurança.
A proximidade homem-cão é propícia ao ciclo zoonótico desta doença.
O cão infecta-se (com equinococose) comendo vísceras de animais mortos com quistos, principalmente ovinos, caprinos, bovinos e suínos.
O homem e outros animais infectam-se (hidatidose) pelo contacto directo ou indirecto com fezes de cães com parasitas adultos contendo ovos (os ovos não são visíveis a olho nú).
A insuficiente lavagem das mãos após contacto com um cão parasitado ou a ingestão de alimentos conspurcados ou o contacto com objectos contaminados com ovos pode levar à transmissão desta doença.
No Homem e outros hospedeiros intermediários, os ovos rompem-se no intestino, e a larva perfura a parede e atinge a circulação sanguínea, ou migra chegando ao fígado, onde em 70% dos casos forma quistos, podendo invadir o tecido pulmonar ou o cérebro.
O ciclo no homem termina assim com a formação do quisto hidático, mais frequentemente no fígado e/ou no pulmão, e não há eliminação das formas de contágio.
A contaminação é sempre acidental, do cão para o homem.
Como Prevenir?
1. Lavar sempre as mãos antes de comer e depois de contactar com os animais;
2. Manter escrupulosas regras de higiene pessoal no contacto com os animais (como p.ex. não se deixar lamber pelos animais, particularmente no rosto; alimentá-lo em recipientes próprios, lavados separadamente);
3. Nunca dar a comer vísceras cruas aos animais;
4. Não beber água não tratada e de origem desconhecida;
5. Lavar sempre cuidadosamente frutos e outros vegetais que coma crus;
6. Desparasitar periodicamente os cães, de acordo com as indicações do médico veterinário assistente »» essencial para interromper o ciclo de vida do parasita;
7. Manter os cães e os locais onde permanecem limpos;
8. Não abandonar os animais (o abandono é sujeito a coimas).
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